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Introdução
Bem vindos amigos do nosso I3DCast, o podcast do Impresso 3D. E agora somos multimídas, né? Afinal tem a revista digital já na edição número 2, chamada Impresso 3D, com um super time de colunistas, e um spoiler, esse time vai aumentar na próxima edição, temos o instagram que é instagram.com/impresso3d e temos o youtube, que por algum motivo, ainda não é Impresso3D, mas é Emanuel Campos.
No podcast quero continuar nossa jornada sobre empreendedorismo na impressão 3D, mas antes disso, alguns avisos sobre nossos próximos eventos.
Avisos!
Dia 1° de maio, sábado, no canal com maior número de assinantes no Brasil sobre impressoras 3D, o 3DGeekShow, com mais de 100.000 inscritos irá hospedar o maior evento de impressão 3D do país, a Expo3DBR, num evento que é online, é grátis, e haverá ampla distribuição aleatória de lembranças (parece que a palavra sorteio não pode ser usada), mas, MAS, para concorrer a essas lembranças e brindes, você deve estar previamente inscrito em www.expo3dbr.com.br, então, se ainda não o fez, não perca mais tempo e vá agora, agora mesmo, pausa esse episódio, e se inscreve lá. De novo, www.expo3dbr.com.br, vou te dar um minutinho para você fazer isso.
Tic, tac, o tempo passando e você se inscrevendo,
Tic, tac, o tempo passando e você se inscrevendo,
Tic, tac, o tempo passando e você se inscrevendo,
Tic, Tac, o tempo passando e você se inscrevendo…
Pois bem, eu, é claro, vou estar direta e indiretamente nesse evento. Já na aberta, a BioEdTech através da sua CEO, a Isabela, irá falar sobre bio impressão e bio fabricação. Depois eu volto às 14 horas para discutir casas impressas em 3D com o Rodrigo e a Juliana e às 15 sou o host de uma mesa redonda com uns caras super feras: Henrique, do SENAI Joinville, Andres Cardenas, da Stratasys, Italo Soares, da 3DTecnologia e Alessandro Queiros, da BioInn, fabricante de bioimpressoras e empresas/startup ligada à BioEdTech.
O evento será das 10 às 20 e promete ser muito quente, e de verdade, é o único evento do ano já confirmado, com a pandemia, com o cancelamento de eventos, pode ser a sua única chance de participar de um bate papo aberto e franco com o público, então não perca mais tempo e corre em www.expo3dbr.com.br e faça já sua inscrição e fique o sábado coladinho com a gente para participar dessa imensa farra. Você ainda corre o sério risco de ganhar filamentos e até coisa maior, mas isso já não estou autorizado a dar spoiler.
Em outro recado, a nossa revista Impresso 3D continua crescendo, com mais de 2000 downloads na edição 2, fora toda a circulação por grupos de whatsapp que de verdade, não há como rastrear, mais de 50 assinantes e agora, com edição em espanhol. É isso. O Murilo, do 3DGeekShow, o Anderson Godoy da Escola de Impressão 3D, o Willon do TechTeen3D, o Ayrton do Dicas3DPrint e eu, todos nós agora falamos espanhol. O que isso importa para você? Assim como estamos exportando colunistas e suas visões, as chances são que colunistas da américa latina também passem a figurar na revista em português, trazendo outras visões, novas ideias, novas aplicações, em um movimento intenso de crescimento e fortalecimento de nossa comunidade.
À princípio as edições em espanhol sairão com uma defasagem de um mês, um mês e meio em relação à edição em português. A nossa primeira edição da revista Impresso 3D saiu, oficialmente, 15 de março, e agora, junto com a Expo3DBR, vamos lançar a revista em espanhol, pegando carona e também prestigiando esse grande evento da impressão 3D. Já em 15 de maio sairá a edição 2 em espanhol, junto com a revista número 3 (to ferrado de tempo, eu sei, e as coisas podem atrasar um pouquinho, peço a compreensão de todos, mas só falha nos planos quem faz um, não é mesmo?).
Com sorte, se todos os planetas se alinharem da maneira certa, logo mais, a edição 4 sairá bilingue já no lançamento. E se você é assinante, a boa notícia é que você não precisa fazer nada, só acessar nossa página do Hotmart e baixar as edições em espanhol! Temos muitos planos para outros conteúdo exclusivos, e por isso fiquem sempre ligados no nosso espaço de anúnicos lá na plataforma Hotmart. E claro, sua opinião, contribuição e crítica é sempre muito bem vinda. Sem a comunidade, a revista digital não passará de mais um PDF de impressão 3D, não é o que queremos, queremos um documentos feito por e para a comunidade, com atualizações mensais do nosso universo tão querido da queimão de polímeros e sinterização de resinas fotossensíveis, entre outros meios, processos e matérias primas, certo?
Vamos ao episódio de hoje?
Quando entrevistei o Cleber Rampazzo da 3DX filamentos e um dos organizadores da Expo3DBR, ele me disse que criou o maior evento da impressão 3D para solucionar uma coisa que o incomodava, mais especificamente, a resposta dada a uma pergunta bem comum no nosso meio. A pergunta era “o que dá para fazer com impressora 3D” e a resposta que o fez reunir quase 5000 pessoas em um evento anual foi “tudo”. Ele diz que fica possesso, por que isso não responde, não exclarece nada. Dá para fazer um carro impresso? Até dá, mas envolve tantas impressoras, tantas peças extras, tanta coisa adicional, que vai ficar tão caro e demorado que à menos que você queira ganhar uma aposta, pra que fazer isso?
Tenho falado muito de empreendedorismo no podcast por uma razão semelhante à do Cleber Rampazo. Até essa pergunta aparece nas nossas conversas, dá para empreender em que campos com impressoras 3D? Todos! Veja bem, sim e não. A impressora 3D é uma ferramenta. Não é um processo fim, mas um meio para um fim. Não há nome para o operador de impressora 3D como não há nome para o operador de Serrote. Formão. Martelos. Até mesmo navegar na internet já foi chamado de “internauta” e hoje chamamos isso de dia útil, não é mesmo? Então me irrita que tantas pessoas ainda falem da impressora 3D como se fosse um santo Graal incompreendida e subjulgada.
Outro dia vi alguém falando que para você achar seu nixo, veja os trends, os termos mais buscados no Google sobre determinado assunto, sei lá, bolos de casamento, Bar Mitzars, Reparo de Harley Davidson, ou spinners. Já parou para pensar que você vai estar justamente tentando entrar num mercado que, se é muito buscado, tem muita oferta acontecendo. Oferta em escala industrial, feita por chineses baratos em máquinas caras e muito, muito rápidas? E quando você não conseguir vender seus produtos por 150 reais, já que um chinês custa 15 reais, você vai culpar a impressora.
Para empreender é preciso olhar o mercado, claro, mas de uma forma ampla, além dos termos mais buscados do Google, e, lamento informar, não há receita. Se tem algo que todo mundo está fazendo e todo mundo está ganhando dinheiro, com certeza é uma bolha. Alguns de vocês podem ser muito novos para lembrar do que foi a Bolha da Internet, um momento dos anos 2000 que parecia que abrir um site online triplicava o valor da sua empresa, todo mundo fez isso, e logo, as vendas não correspondiam ao que poderia ter sido, e as empresas implodiram, com uma desvalorização digna do craque da bolsa de nova york, ou dos créditos podres imobiliários dos Estados Unidos, de 2006 ou 2007. Milhares de empresas sumiram ou morreram no movimento, Babel Fish, GeoSites, IG – Internet Grátis discada com seus serviços de blog (blig), Flogger, quem lembra de ficar fazendo um album de fotos online no Flogger, Flicker? Bons tempos, né? Hoje chamamos isso de instagram, e o difícil é fazer com que parem de compartilhar tudo e tanto.
A verdade é que empreender é notar a tendência e se antecipar a ela. Se as pessoas já estão buscando por bolos de casamento, você vai chegar tarde na febre do bolos de casamento customizados. Mas se a cada 3 ou 4 meses, há uma nova busca, as pessoas estão gastando mais em decoração do que gastavam antes. Esse é o sinal. Se as pessoas estão buscando fridget Spinner, não adiantar entrar tarde na festa, mas se há um brinquedo novo a cada verão, a cada volta às aulas, ai tem uma tendência a ser explorar.
Antes da pandemia nos vimos algumas rotinas surgirem, o brinquedo da volta às aulas, o febre de decoração do semestre. O ser humano gosta de rotina e se a economia está a favor, ele se acomoda, é a sensação de controle. Olhar um pouco além, nos permite identificar qual é a tendência, e não só o objeto da moda. Ah, Emanuel, então está errado olhar no Google Trends e fazer um negócio à partir daí? Não, eu não falei isso, mas você deve olhar além do Google Trends. Começar por ele, e ir além. E ter um plano B.
Se você investiu em decoráveis, a pandemia e as incertezas financeiras fizeram todos os gástos superfúlos serem cancelados. Se você investiu em produtos para escolas devido à transformação promovida pela BNCC, bom, não foi só a pandemia que enterrou essa iniciativa, ao menos por hora, mas uma visão que a mudança do paradigma educacional para se igualar á educação STEAM/STEM do mundo é apenas um projeto político, e foi deixado de lado pela atual administração. De qualquer forma, você sabe meu ponto. Tendências e trends podem ser interrompidos muito rapidamente. Por isso nos negócios nós aprendemos um negócio chamado Pareto.
80% do seu lucro, vem de 20% dos seus produtos. Isso gera escala, diminui custos, torna mais fácil automatizar processos, mas 20% dos seu lucro ainda deve vir de 80% de outros negócios. Pois se seu principal negócio acabar, você não quebra, você tem fôlego para buscar outra solução. Restaurantes que já tinham delivery antes da pandemia se adaptaram mais fácil a não ter o salão aberto. Escolas que já usavam tecnologias na sala de aula, tiveram uma transição mais suave para a educação remota. Empresas que já estavam se automatizando tiveram menos problemas com as paralisações municipais.
Por isso que quem preenche um plano de negócios como o PNBox, do SEBRAE, às vezes fica bravo de ficar travado naquela tela de portfólio de produtos. O pensamento é “ah, mas tem que preencher 5 produtos ao menos?” eu já sei qual é meu negócio, eu não quero ficar pensando aqui em outra coisa, que perca de tempo. Nâo é. Ali você esta escrevendo, e agora você sabe disso, qual será o pareto dos seus negócios, quais serão seus planos B, C e D, caso o mundo vá para o quiabo outra vez.
Todo mundo já sabe o quanto o mundo mudou devido à pandemia, mas se não perdermos nossa fé que essa desgraça vai passar, já pararam para pensar quais serviços devem sumir quando tudo isso acabar? O exército de motoboys de delivery será um problema quando os salões dos restaurantes reabrirem? Em algum momento, será que alguém terá milhões de reais em máscaras encalhadas nos seus estoques? Haverá uma explosão de móveis de home office à venda no Mercado Livre? Infelizmente não sei quando sairemos dessa, ao menos no Brasil, a coisa deve se prorrogar um tempo, mas eu ficaria de olho lá na Europa e nos Estados Unidos, como a cura impactou a nova rotina que havia sido criada ao redor da pandemia. Será que os cursos online vão seguir sendo febre, ou o desejo do reencontro e de ver amigos vai gerar uma demanda por cursos presenciais? Salas de Showroom de produtos voltarão a ser “quentes” no mercado?
Se você tiver alguma ideia do que fazer com isso que acabo de falar, tenho dois recados: não tenha medo de chamar amigos para andar com você, afinal, quer ir rápido vá sozinho, mas quer ir mais longe, vá acompanhado. E não tenha receio de dividir seus projetos com quem te apoia. Uma boa ideia, não executada, não é nada além de um sonho. O segundo recado é: me chame! hehehehe
Obrigado, e boa sorte