
Luan Saldanha lança sua atualização de 2025 que mapeia o mercado de manufatura digital em 2025, e os resultados em relação ao relatório anterior são muito expressivos. O mercado brasileiro cresceu em todos os setores que o relatório acompanha: fornecedores, Centros de Tecnologia, Startups e prestadores de serviços.

O Brasil cresceu em 2024, e cresceu forte, saímos de 60 a 70 toneladas de filamentos mensais para o novo recorde nacional em junho de 2025 de 120 toneladas. O Brasil cresceu em fabricantes para atender a demanda crescente, fruto das máquinas mais rápidas, que gastam mais materiais, mas também das máquinas mais fáceis, que atraem cada vez mais usuários de fora dos nichos padrões, ao invés de engenheiros, hackers ou nerds e geeks, cada vez mais o mercado de impressão 3D recebe empresários especialistas em market places, donos de lojas de informática ou simplesmente pessoas em busca de uma segunda renda.
Mas o mercado não cresceu só nos filamentos básicos. O Brasil cresceu em materiais de engenharia, a ascensão da poliamida foi notável em 2024, talvez você a conheça pelo nome de Nylon. O material debutou com a alcunha de EasyPrint e cresceu na preferência nacional, finalmente uma gama do material que é possível até de imprimir em impressoras abertas. Graças à empresas especializadas como a Lehvoss que desenvolveram este material, e muitos outros, especialmente para a Manufatura Aditiva.
Uma coisa notável foi a contribuição da Bambu Lab nesse mercado. Se a edição 3 da revista Impresso3D havia previsto uma possível pasteurização do mercado com a chegada oficial da Creality no país, a previsão se mostrou real, mas a aposta foi no cavalo errado. Foi a Bambu Lab e seu conciso portfólio de 7 impressoras que marcaram 2024 (A1 mini, A1, P1S, P1P, X1, X1C e X1E) que trouxeram esta pasteurização. Foi uma benção maldição. Por um lado, imprimir em 3D nunca foi tão fácil, por outro lado, de repente, ninguém parece vender outra coisa que não fossem impressoras da Bambu Lab ou da Creality.
Se isso parece estranho agora, em 2025, lembre-se que as reações de um sistema multicores só chegariam ao mercado este ano através da Anycubic Kobra, FlashForge AD5X ou com a própria Creality K2plus. Isso sem mencionar as opções nacionais que foram atropeladas pelo apelo: fácil de usar e ainda imprime colorido.
Tudo isso, e muito mais, está contido nesta terceira edição de Luan Saldanha, que não contente em lançar a terceira edição de seu anuário, ainda se propôs a criar uma plataforma só para reunir todos os steakholders, fornecedores, clientes, pesquisadores, alunos e professores, o portal da Manufatura Aditiva para o Brasil. Talvez sejam os primeiros passos para a tão desejada associação de impressão 3D brasileira, eu particularmente, espero que sim.
Confira este anuário e o portal da manufatura aditiva em: https://www.manufaturadigital.com/mapa-da-manufatura-aditiva-no-brasil-2/